- Deseja alguma coisa? - disse o homem magro e esguio aparentando ser o garçom.
Fez que não com a cabeça e sentiu um certo alívio quando ele sumiu de vista, socializar com estranhos faz suas mãos suarem, essa ansiedade do encontro sempre incomodava mais do que deveria.
Havia muito o que observar mas nada que valesse a pena, o restaurante parecia um quadro de Renoir em movimento. Uma criança chorava porque queria alguma coisa que sua mãe não concordava, derrubava os objetos da mesa gritando e seu olhar buscava um apelo a qualquer um em volta.
Olhou para o relógio, já havia quinze minutos que ele estava ali.
Na rua um cachorro quase fora atropelado, do outro lado do passeio uma senhora gorda carregava mais sacolas de lojas de grife do que ele podia contar...
O garçom ossudo caminhava de novo em sua direção: - Estou esperando alguém - disse fitando o forro de mesa de mau gosto...
No fundo sentia vergonha por estar ali sozinho há tanto tempo, já fazia meia hora. Será que ele seria obrigado a dar a mesa para outra pessoa se o restaurante ficasse lotado? Seria melhor pedir alguma coisa do cardápio?
Quarenta e três minutos se passaram, Miguel já havia contado quantas mesas, pessoas e até mesmo cadeiras tinham no restaurante. Ela não virá...
Não importa, o quadro de Renoit continuava a encher-se de vida, com sua presença ou não.
Adoro textos com cara de filme. Cheio de vida, como as palavras aqui escritas.
ResponderExcluirParabéns.
Adoreeeeeei, muito lindinho esse conto *.*
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirGostei bastante do texto,e pude imaginar em minha mente toda situação!
Páginas Em Preto
Beijos
Consegui imaginar perfeitamente o momento, e fiquei muito curiosa para saber o que vai acontecer? A pessoa vai aparecer? Quem é essa pessoa? rs
ResponderExcluirVai ter continuação né?!
Você escreve muito bem, Liz! Parabéns!
Beijo
http://criandorabiscos.blogspot.com
linda amei seu blog show beijos .
ResponderExcluirhttp://cfmile.blogspot.com.br
Oi linda adorei o texto vc escreve muito bem. Beijos
ResponderExcluirInteressante. A insignificância que ele se sentiu após ter tido como insignificante por alguém que o deixou à espera... Quem nunca se sentiu um pouco Miguel?
ResponderExcluirAdolecentro
Me identifiquei com essa situação em que Miguel viveu, já passei por isso.
ResponderExcluirBeijos ♥
Dearitgirl.blogspot.com.br
Muito lindo Liz, parabéns!!
ResponderExcluirConsegui visualizar a cena toda, foi ótimo!
:**
AAH, SÉRIO? Eu tava esperando um final em que ele levava um bolo ou uma mulher aparece ou que ele pedisse água para o garçom. hahah, estou brincando. Eu super amei! Do final principalmente, e isso acaba sendo a realidade. Isso me fez lembrar uma frase de Shakespeare que diz que não importa o quanto seu coração esteja partido, o mundo não para para concertá-lo. E é isso. A vida segue!
ResponderExcluirAmeeeei.
beijos
http://oicarolina.wordpress.com
Ownt muito fofo. Visualizei direitinho a "cena"!
ResponderExcluirFlor, desculpa eu demorar tanto pra me por em dia aqui com o blog, mas com prova de vestibular chegando eu to estudando pakas e quase nao entro mais na net!
Beijokas
escolhasliterarias.blogspot.com.br
Eu gostei do Miguel!
ResponderExcluirE gostei também da sua narrativa, Liz!
Simpatizei com ele na parte do anseio pelo encontro com desconhecidos, referindo-se ao garçom! hahaha
Você vai continuar a história dele?
Beijinhos!
www.blogdaruiva.com
adoreei o texto!
ResponderExcluiré você mesma que escreve Liz? :D
se for, você escreve muuuito bem!
http://princessjujube.blogspot.com.br/
Que dom perfeito você tem, simplismente amei!
ResponderExcluirhttp://imagineeunicorns.blogspot.com.br/
Tadinho do Miguel...
ResponderExcluirO texto é legal e é incrivelmente fabuloso quando aponta a arte como uma redescoberta perante a solidão